segunda-feira, novembro 10, 2003

A voragem da luz

Na voragem da luz,
Militam carcaças das trevas,
Frustradas, ofendidas,
Mortas tentando alcançar a escuridão.
A cura da opressão divina,
Prisioneira, como doença funesta,
Caminha solitária nos dias,
Penetra sem medos nas talhas,
Compromete a ciência sagrada dos homens,
O sentimento superior sacramentado.
A luz, que a tudo toca e não renega,
Desenha com perfeição as curvas,
Destapa, descobre e despe
Os veludos nas janelas e olhos
Da insolente petulância da questão.
Porquê?
Que cobarde forma de mentir
E fugir à ousadia da evolução,
São os subterfúgios das metáforas celestiais
E a punição vingativa e sádica
Como ameaça e pena à diferença.
A luz revela os caminhos.
A gula do conhecimento ou o direito de pensar,
Aceitar ou rejeitar os dogmas mundanos,
Os profanos e os simbólicos.

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