Como Ondas...
aquelas pequenas coisas
que no teu dia de sol voam
tão depressa falam suavemente
em braços descobertos e calor
à noite junto ao rio
descobrem-se e riem
como ondas molhando o cais
como ondas do teu cabelo
como ondas no ar
levando o teu som ao meu mar
aqueles dias de verão
num inverno interminável
num momento de vários instantes
minutos contados ao segundo
descendo a avenida
quase voando
quase cantando
quando chorando
molhando a cara
salpicando o dia
como ondas na beira mar
como ondas e espuma nos pés
o teu corpo feito em curvas
sentidos ascendentes e carnais
sem resistências
eu
a mim próprio
a ti
numa onda de excitação
numa vaga de vontade
numa maré de bem querer
num mar de sentidos
num oceano maior que nós
numa lágrima não contida
escutando
tocando
mergulhando
emergindo
acariciando
como um onda.
segunda-feira, julho 21, 2003
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