sexta-feira, abril 22, 2005
Pássaros (migração)
Esta dormente e insidiosa febre compassada,
Um perfeito bater de coração semanal,
Ritmada ânsia acompanhando o lento desenrolar das horas...
São talvez às dez horas os prenúncios de todas as sextas feiras.
Despida a pele dos medos e inseguranças,
Cumplicidades e mentiras tão narcóticas como os outros,
Pássaros sem lucidez
Migrando sem pouso do rio à cidade alta,
Sorvendo corpos em descoberta nudez citadina,
Na vertigem e delírio da exaustão nada acidental,
Breve fascinação furtiva.
Aproxima-se as manhãs arremessadas de véspera
E estamos já sem tempo antes delas.
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