Náufrago
Lá fora é outra cidade,
Indiferente, triste,
Deixando-se observar,
Gasta, a medo amanhecendo,
Afundando-se sem brilho na água escura do cais,
Esquecendo o compasso das marés partidas
Que só a minha janela fechada deixa ver.
Lá fora
É uma e outra vontade que desiste,
Como eu,
Principiando a desaparecer,
Adormecendo, vagueando
Como um nómada,
Na minha casa,
Sem destino e sem caminho,
Perdido.
“(…)eu acreditei no fogo e no silêncio que, de manhã lavam os corpos, tornando-os de novo navegáveis(…)”
Al Berto in “Roulottes da noite de Lisboa”
Lá fora é outra cidade,
Indiferente, triste,
Deixando-se observar,
Gasta, a medo amanhecendo,
Afundando-se sem brilho na água escura do cais,
Esquecendo o compasso das marés partidas
Que só a minha janela fechada deixa ver.
Lá fora
É uma e outra vontade que desiste,
Como eu,
Principiando a desaparecer,
Adormecendo, vagueando
Como um nómada,
Na minha casa,
Sem destino e sem caminho,
Perdido.
“(…)eu acreditei no fogo e no silêncio que, de manhã lavam os corpos, tornando-os de novo navegáveis(…)”
Al Berto in “Roulottes da noite de Lisboa”
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