quarta-feira, setembro 12, 2007


Corpos ávidos

O espanto da cidade desfaz-se,
Lá no alto,
Num imenso e leviano desperdiçar
da luz da tarde.

Nós, rindo
Do coração batendo, a cada passo
Do corpo tomado pelo perfume
Ávido do poente, imperceptível,
Quebrando como ondas na muralha,
Em silêncio, exaltante,
Gemendo baixinho,
Escondido do vento,
Adormecendo longe do mundo.

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