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Todas as tardes são inúteis.
Diluídos na intimidade da multidão,
Antes de respirar, suspirar as palavras,
Últimas, derradeiras,
Sorrindo...
Os inebriantes enganos que já conhecíamos,
Elevados, em olhos fechados, à memória,
Entregue e convocada em delírios,
Dos corpos reféns de volúpia,
Desmaiando de prazer, serenos,
Incandescentes e transbordantes,
Arrancados ao suor salgado da pele,
Somente respirando, no minuto seguinte à insensatez,
Em todas as horas que não me recordo,
Esperando-te no extremo do mundo,
Com hora marcada,
Na secreta esperança de naufragar,
Passo a passo, estremecendo,
Arrepiando caminho.
Mas, a sinceridade perdeu-se
Nas minhas palavras,
Julgando-as minhas e sinceras.
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