sexta-feira, abril 16, 2004


Puro como a mortalidade



Um pouco por todo o lado
Um catálogo suculento de ácidos e lúcidos
De mau sexo e boa bebida
Onde os sóbrios ocultam a perplexibilidade
Dos risos embebidos em pequenos instantes
Cheirando rastos de estima
Crescendo da escuridão para luz
A memória dos dias e o pavor da noite
Ouvindo vozes murmuradas de amores em luz difusa
Rugindo puras como a mortalidade...


“(...)Há em cada instante uma noite sacrificada ao pavor e à alegria(...)”
in Lugar de Herberto Hélder