Fazia tarde
Fazia a tarde, horas a mais,
Escapando-se pelos dedos, a areia presa ao teu rasto,
Em linha com o céu, sem estrelas, desaparecidas,
Numa calmaria diluída em maresia e espuma,
Bocejando, perdido à deriva no pontão,
Deixando o último sol aquecer o ar.
De olhos fechados, ouvindo os insectos no vazio,
Desconhecemos juntos o fim do dia,
Nada perguntando e consentindo,
Soltando fingimento, sorrindo,
Aquecendo, sem chama, a alma já fria.
terça-feira, dezembro 30, 2003
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