sexta-feira, julho 20, 2007


Castigo

O mundo trespassado pelo tempo,
O ódio e o amor flutuando no movimento dos passos,
Dizendo, devagar, o que acontece muito depressa,
Nos ínfimos segundos de atenção
Esquecidos,
Seguindo o norte,
Procurando os cantos à esfera das palavras,
Misturadas na terra que se levanta
E se inunda na falta de chuva e cor,
Esperando o castigo de nada se esperar,
De tudo acontecer.




“(...)Ninguém disse nada. Fomos dormir. Essa noite foi como as noites de muitos meses que se seguiram. Havia um peso fundo dentro de nós a puxar-nos para o nosso interior mais negro(...)”
In “Cemitério de Pianos” de José Luis Peixoto.

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