O que escreveste afinal?
Tu consegues, digo-te,
Escalar o céu,
Divagar nas profundezas do tédio, incólume,
Fintar a curva esguia dos vagos sons diluídos na sombra dos teus medos,
Baloiçar diante do abismo, hábito doentio,
Suspirar de fastio perante os sustos dos incautos.
Repara, dizes-me,
As manhãs desaparecem nas noites anteriores,
Os sentidos sangram e cegam,
E mesmo com volteios nas palavras que inventas,
Escudas-te opulência da decadência,
No luxo desmedido de não te preocupares.
Desejos errados, olha bem,
Corpos arfam em angústia,
Padecendo de nada sofrer,
Quanto a coisas que nunca fizeram,
Mas insistem,
A terra segue girando,
Nao faz mal, dizes,
A mim faz-me, digo eu,
Porque ninguém se lembra de nos ver passar, nunca,
Nem agora.
Fundimo-nos afinal, com outra manhã que matámos.
O que escrevemos afinal?
Escalar o céu,
Divagar nas profundezas do tédio, incólume,
Fintar a curva esguia dos vagos sons diluídos na sombra dos teus medos,
Baloiçar diante do abismo, hábito doentio,
Suspirar de fastio perante os sustos dos incautos.
Repara, dizes-me,
As manhãs desaparecem nas noites anteriores,
Os sentidos sangram e cegam,
E mesmo com volteios nas palavras que inventas,
Escudas-te opulência da decadência,
No luxo desmedido de não te preocupares.
Desejos errados, olha bem,
Corpos arfam em angústia,
Padecendo de nada sofrer,
Quanto a coisas que nunca fizeram,
Mas insistem,
A terra segue girando,
Nao faz mal, dizes,
A mim faz-me, digo eu,
Porque ninguém se lembra de nos ver passar, nunca,
Nem agora.
Fundimo-nos afinal, com outra manhã que matámos.
O que escrevemos afinal?
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