Libertação (3 actos)
III - Inspira (libertação)
Tenho o poder.
Ser feliz em toda parte,
Apesar de tudo, por todos,
Inspirar a rua, as pessoas no mundo,
Quebrar e refazer o espírito,
Crescer a voz, em oração.
Eu sou.
Sou o sabor do meu nome,
Sal e vento, tempestade perfeita,
Sonho, devaneio,
Aresta inconformada que rasga o silêncio,
Mãos que interrogam, palavras insubmissas.
Mudo, liberto, guardo, arrependo-me, grito.
Escrevo o dia seguinte Amanhã.
*
O mundo suspende-se na doçura da descoberta,
Do que guardas, dizes e estendes pela minha tentação,
Do que desconheço e das palavras afiadas em limão que já partiram,
Ardendo até onde nos podemos conhecer e extinguir.
És um poema obstinado e lúcido.
Admiramos ondas que ainda não nasceram.
“ A noite desce, o calor soçobra um pouco,
Estou lúcido como se nunca tivesse pensado
E tivesse raiz, ligação direta com a terra”
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
sábado, novembro 05, 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário