Paredes
À volta são só paredes,
Olhos sem cor,
Perdidos na manhã que se desmorona
Em pesado silêncio,
Consumindo-se,
Por cada ruído de outro mundo,
Num indelével crepitar da despedida,
Em encontros casuais com o abismo do esquecimento,
Esperando em cada sombra
O espanto mudo e imperturbável das palavras
Escapando-se das janelas escancaradas sobre a cidade.
imagem: semanário "sol" 25/8/2008
incêndio do Chiado - 25/8/1988
2 comentários:
Momentos de dor e... espanto! Como foi possível??
Espantoso blogue. Prometo vir e reler alguns poemas!
Já faz parte dos meus favoritos!
Parabéns!
m.m.
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