Embarcando
Os dias abandonam-se vagarosos
Espiando as velas perdidas no mar,
Sem nome, nem medos, nem porto,
Embarcando sempre ao longe,
Recusando palavras ou atenções,
Temendo acordar febris e adormecer
Sabendo por quem chamar.
Nada mais se ouve.
Estico os pés sobre a água,
A beira-mar limpando a saliva e a espuma das pedras,
E esqueço-me da certeza do regresso, da sorte
Dos enganos que não revelo serem meus.
(Therasia - Grécia)
1 comentário:
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
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