terça-feira, outubro 11, 2005


Amor amargo sabor

Acendo um fogo nos dedos,
Sobre papeis amarrotados e alisados,
No silêncio
Gravado na pele,
Segredos abertos nas feridas
Riscadas em néon,
Odiando quem deveria amar.
Mas,
Há muito que a luz que as palavras têm
O sabor que derramas,
Que transportas agora,
Como travo a pó, que se entranha
E ainda não pousou,
Mas rodeia-me
Como vento torneando o corpo,
Deixando incólume o fogo que acendi.

E segue ardendo
Como nenhuma paixão.

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