quarta-feira, agosto 04, 2004
O Canto da água (eterno)
(a Carlos Paredes)
O abandono é difícil
como um convite ao amor e à poesia
numa súbita tarde de verão.
Sobre o fundo dançam as palavras
de pessoas que não se encontram mais
num desejo de que nada acabe nunca
experimentando memórias e a perversidade dos limites.
Uma espécie de queixume que se calou
num jardim perto de casa
num cantar lancinante de palavras difíceis
indecifrável e difícil
como a pureza da tempestade.
A aparente leveza de viver
desde sempre empoleirado na eternidade
vivendo na claridade da água
e da música que ela faz
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