Mar da Palha
Suave mar nocturno
Doce, soturno
Na calma penumbra, silenciosa
O horizonte finito e ausente
De margens apertadas e barcos sonâmbulos
Passando em todas as janelas da cidade
Num supremo gozo de ouvirem
Sussurros dos fogos últimos
Onde há sangue que palpita
E murmúrios escondidos
Que ainda não amanheceram com as almas deste mundo
Descalças, dançando no cais
Naufragadas na brisa sem sal.
sexta-feira, setembro 05, 2003
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