Tempo adiado
Os salpicos no terraço confundem outra manhã insuspeita
Que o tempo não é este,
E faz tempo que não adormeço lá fora,
No cálido embalo do burburinho das multidões errantes,
Lá em baixo, nas reuniões secretas das copas das árvores,
Somente estudando o desenrolar do tempo,
Apoiados nas pernas cruzadas sobre o fresco da calçada.
A cadeira permanece recolhida
Sobre o jornal de há tempos, ensopando,
Diliuindo tinta e memórias de outros dias.
Sobra-me tempo para seguir o caminho das gotas,
As luzes seguindo ordenadas, piscando na ponte,
Para outra vez olhar a esplanada triste, na praça vazia.
É o tempo adiado, o verão que tarda,
A porta que demoro abrir, sem pressas
No silêncio cheio de palavras indecifráveis,
Adivinhando a insconstância do tempo que foge.
Os salpicos no terraço confundem outra manhã insuspeita
Que o tempo não é este,
E faz tempo que não adormeço lá fora,
No cálido embalo do burburinho das multidões errantes,
Lá em baixo, nas reuniões secretas das copas das árvores,
Somente estudando o desenrolar do tempo,
Apoiados nas pernas cruzadas sobre o fresco da calçada.
A cadeira permanece recolhida
Sobre o jornal de há tempos, ensopando,
Diliuindo tinta e memórias de outros dias.
Sobra-me tempo para seguir o caminho das gotas,
As luzes seguindo ordenadas, piscando na ponte,
Para outra vez olhar a esplanada triste, na praça vazia.
É o tempo adiado, o verão que tarda,
A porta que demoro abrir, sem pressas
No silêncio cheio de palavras indecifráveis,
Adivinhando a insconstância do tempo que foge.
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