quinta-feira, agosto 18, 2005
Deixa entrar o jazz
No passeio que acompanha o mar
O dia suspende-se em melancolia,
Perdido numa atmosfera de surdinas,
Uma sensação de eterno retorno,
Música de um tempo ausente
Cola-se à pele como o inevitável balançar das ondas,
Aspirando a um contacto leve com o mundo.
Oiço-te aqui e agora,
De olhos içados ao som profundo,
Voando centelhas de paixão e música de solstícios.
Deixa entrar o jazz,
Em sucessivas vagas,
Expondo as entranhas de um coração amordaçado,
Libertando os relicários de demónios que conservas
Como amuletos de má sorte.
Afinal, oiço-te aqui e agora.
Como sempre.
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