quinta-feira, julho 21, 2005


Braços nus à janela


A noite vem morna e livre,
Jorrando versos e odor a água amansada.

Deixa-te ficar por aí,
Onde te veja, onde me oiças.

Não durmo...

A distância é um veneno alucinogénico,
Morte lenta e dissimulada,
Fulminando o coração que ainda vive,
Recuperando o que se perdeu, que se esvaiu em silêncio,
Aconchegando-se em papel amarelecido contorcido,
Ardendo.

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