fim de festa
Em atmosfera de fim de festa
Suspiros voam já saturados,
Mergulhando em águas menos límpidas,
Expulsando a manhã na varanda do lux.
Assobia-se para o lado, a sensualidade,
Observando dissonâncias de pureza e
Vestidos translúcidos brilhantes,
Soprando, sentindo,
A temperatura porno chique exalada de dentro,
Em gestos operáticos propensos ao horror,
Sem depurações nocivas ao ambiente irreal
De ligeira demência pecadora e carnal,
Instigada, embalada,
Amargo limão que se estranha e entranha,
Como a música.
terça-feira, janeiro 27, 2004
quarta-feira, janeiro 21, 2004
Ciúme conduz ao homicídio...
...por interposta pessoa.
O piano ficou por aí
Procurando sobreviver sozinho na aridez da minha sala,
Num imenso silêncio entre a música,
Choro de abandono e desamor,
De volúpia predestinada a um frenesim sufocante
E descobertas revolucionárias.
Mas sobre nós desceu uma certa tristeza,
E todos os dias ao telefone
Um apetite voraz pelas outras coisas lá fora,
Um calvário a caminho da purificação,
Mea culpa pelos equívocos que esqueci
E o apetite voraz por tudo,
Que se perdeu na calma sulforosa da minha prisão.
E pela tua mão, a minha,
Já esquecida do toque da música,
Engelhada pela clausura e sedenta de vida,
Levou à minha boca muda
Todas as substâncias proibidas que não sabia pronunciar.
Abriu-se a janela...
...por interposta pessoa.
O piano ficou por aí
Procurando sobreviver sozinho na aridez da minha sala,
Num imenso silêncio entre a música,
Choro de abandono e desamor,
De volúpia predestinada a um frenesim sufocante
E descobertas revolucionárias.
Mas sobre nós desceu uma certa tristeza,
E todos os dias ao telefone
Um apetite voraz pelas outras coisas lá fora,
Um calvário a caminho da purificação,
Mea culpa pelos equívocos que esqueci
E o apetite voraz por tudo,
Que se perdeu na calma sulforosa da minha prisão.
E pela tua mão, a minha,
Já esquecida do toque da música,
Engelhada pela clausura e sedenta de vida,
Levou à minha boca muda
Todas as substâncias proibidas que não sabia pronunciar.
Abriu-se a janela...
sexta-feira, janeiro 16, 2004
Adormecido
Calado como ausente,
Ouvindo, de longe, a voz,
Os olhos cerrando-se com a boca,
Dormente, adormecendo,
Submergindo-se com as coisas da alma
No silêncio que oiço distante,
Escondido nas brumas torpes e poluídas do horizonte citadino,
Confuso mas simples e subtil
como noites de lua cheia entre recortes de betão,
Morrendo e vivendo nas palavras que se perdem e inventam
Quando chamo por alguém na multidão.
Calado como ausente,
Ouvindo, de longe, a voz,
Os olhos cerrando-se com a boca,
Dormente, adormecendo,
Submergindo-se com as coisas da alma
No silêncio que oiço distante,
Escondido nas brumas torpes e poluídas do horizonte citadino,
Confuso mas simples e subtil
como noites de lua cheia entre recortes de betão,
Morrendo e vivendo nas palavras que se perdem e inventam
Quando chamo por alguém na multidão.
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