quinta-feira, novembro 13, 2008


Devolveste-me

…um imutável silêncio
Mil monólogos sem resposta ou
Mostra de vida
…o tempo cativo
Partidas pelo mundo
E certezas conquistadas ao amor
Logo perdidas, descomprometidas
Irreparáveis deslizes de heróis principiantes
…a procura da voz por dentro
Sem verso ou anverso
Entornando poemas e sortilégios
Para lá dos muros da cidade.




“Tua voz no lacerar irreparável da tarde,
é como um gesto que arde
no fogo lento do canto...”
Ulisses Duarte, In "Poetaneamente"
*

“Devolveste-me os Cafés
cheios de gente que afinalexiste
Devolveste-me o tampo liso das mesas
sua lúcida certezade estar só”
Teresa Rita Lopes, Primeiro Poema do Amor Difícil
In"Os dedos os dias as palavras".

*

“Há quem quase tristemente nos deseje boa sorte.Mas a cidade alastra para além destes gestos.
Multiplica-se em rails e deflagrações de rolas.
Crispa-se em vaga-rosa e surda duração.”
Mário Cláudio In "Terra Sigilata".

1 comentário:

Unknown disse...

Olá
Já há algum tempo que ando para lhe deixar um comentário. Mas ainda não tinha calhado.
Hoje passei por aqui novamente e o que lhe quero dizer é que gosto muito da sua poesia.
Gosto muito do seu poema Devolveste-me, achei lindo. Alem de outros que também gosto.
Quero dar os parabéns, vou passando para ver as suas novidades.