quinta-feira, maio 22, 2008




Águas paradas

Suspiro…
Por vezes penso, demasiadas vezes,
Será esta a minha ardência, o meu compasso,
O lugar, das minhas outras palavras, as próximas,
As que não falam mas batem inquietas, tocam, afagam?
Será este o idioma dos meus pensamentos, aqueles, os indecifráveis
Que segredam a verdade inesperada da angústia,
Dos desejos soletrados só para mim?
São apenas todos medos,
São águas mortas onde não chove,
São mordaças de silêncio.

2 comentários:

Anónimo disse...

Sua sensibilidade chega assustar-me...
Infinitamente tocante.
Parabéns!!

Anónimo disse...

Ainda ontem li algures, não me lembro precisamente onde, que o suspiro é meia voz da alma.