sexta-feira, abril 04, 2008


Quase dormia

Abril aquece antes de tempo,
O telefone interrompe o meu cigarro na janela,
Falas que passavas por acaso,
Hesito entre a cama, uma cerveja no Bairro e os prazeres do corpo.

Vem.

Óculo indiscreto treme,
Oiço a porta, dois andares abaixo,
A porta entreaberta força o beijo, a língua,
A mão entre a tua roupa e o teu corpo,
O teu peito, as tuas nádegas, a língua outra vez,
A voz que nada diz e tudo quer,
E tudo faz, descreve clichés, diverte,
Transpira.

Sabe bem, ir ao acaso, com as mãos e as palavras.

Sem comentários: