Desconsolo
Talvez nunca mais
O teu olhar fugitivo perderá passos no meu alcance,
Deixará destroços no meu porto
Onde nada existia e tudo acontecia,
Na sombra mascarada dos desejos ocultos,
Mergulhados nos baixios que ninguém conhece.
Talvez, outra vez,
Nos diluamos no desconsolo e na solidão
Como margens abandonadas sem brilho
Esperando consolo e absolvição.
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