segunda-feira, fevereiro 20, 2006
Toques imperfeitos
Corpos povoados de vagos gemidos
acesos na penumbra fingida da exaustão
de uma noite, por um beijo que se
deixou inacabado no fogo nocturno
de cigarros extintos, na humidade
da beira mar, suspirando nomes
de cidades e toques imperfeitos,
desfazendo nós apertados de corações migrando,
peitos entreabertos ao amor,
irrompendo em águas enfurecidas,
paredes que derrubam e abrigam
ausências, instantes invisíveis, desenhos
de feridas atravessando as horas do cais,
voes pressentindo-se como rádios pirata
enxameando as ondas sonoras do teu riso,
o medo de nada e tudo acontecer
contigo.
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2 comentários:
nos pas de mer nous conduisent vers le flux
sens opposé l'ombre nous pousse
faire chemin c'est aller vers, toujours
longer l'eau comme on longe la vie
ta main est proche, je la devine.
embrassons la perspective, tissons encore un peu
il fait soleil, une lumière sur le cœur
écopons nos désirs, nos corps de verre
destination sans abri l'aube se cache
le jour s'en ira laissant là le fil de lin
Acabei de comentar os "toques imperfeitos" do Olhares. Fotografias com poesia e poesia com imagem. Gosto da tua forma poética´, é suficientemente clara e não eclética, soa sem ruído.
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