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Esconde-se na tua pele
A noite eterna,
O medo frio de não chegar,
De não me lembrar a que sabem os dias a meio do mês
E as horas fora d’horas,
Os prazeres sofridos da culpa e da ambição
Como foragidos
Mergulhando, impossíveis, conscientes,
Definhando,
Sem terra nem chão, nem coração.