Águas paradas
Suspiro…
Suspiro…
Por vezes penso, demasiadas vezes,
Será esta a minha ardência, o meu compasso,
O lugar, das minhas outras palavras, as próximas,
As que não falam mas batem inquietas, tocam, afagam?
Será este o idioma dos meus pensamentos, aqueles, os indecifráveis
Que segredam a verdade inesperada da angústia,
Dos desejos soletrados só para mim?
São apenas todos medos,
São águas mortas onde não chove,
São mordaças de silêncio.