terça-feira, junho 12, 2007


Poeta ínfimo

A memória queima-se e renasce
Em vagarosas linhas tímidas,
Escapando nos fugidios alicerces do momento,
Escondidas em frases ínfimas insuspeitas,
Estremecendo,
Abrindo as cicatrizes contorcidas no chão...

E a cabeça que se encosta a medo,
Ferida de prazer e insónia,
Amarga,

Desvanece o tempo, finge sobreviver
Aos suspiros e à mágoa de outra noite em branco,
Debruçada em risos polidos,
Sem réstia de pensamento.


“(...)e no terror da insónia,

onde o obsessivo corpo substituiu a suave cocaína (...)”

Al berto in “A noite progride puxada à sirga”: Três poemas esquecidos”

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