terça-feira, novembro 22, 2005
Avenida marginal
A dormência salpicada da marginal
Sonolenta, espiando invernias
A penumbra de um dia de Novembro findando
Alastrando no asfalto cintilando de chuva fria
Por quem esperei, lento vagar de um estio interminável
Espantando vagas de silêncio no passeio marítimo
Crescendo em ecoar dos passos, corrida
Compassada e atordoando sentidos
Sufocando, amarrando, soluços teimando jorrar
A agonia das palavras querendo soltar-se
Fugir dos remotos cantos do esquecimento...
A luz entorna-se pelo dia.
Espero não te ver quando chegar.
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