sexta-feira, junho 09, 2006


Mais

Mais do que tudo,
As palavras que fogem
Corações fingidos que batem, mentindo
Ansiando veneno e saliva
Escrevendo corpos estendidos, despidos
Numa interminável insónia dolorosa,
Saborosa, viciante
A tua ausência
Que me ocupo em preencher, sem mais
Por mais e por nada,
Pelo que não consigo inventar
Para além disto,
Do que somos.

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